A MENINA SORRIU PRA MIM
Para todos nós a vida escreve histórias.
Vivemos, nos alegramos, sofremos, sorrimos e algumas vezes conseguimos enxergar o aprendizado.
Hoje vejo que sempre fui uma menina muito muito amedrontada.
Descobri que minha história cravou em minha memória um medo da "desproteção". Talvez pelas perdas prematuras que experimentei...
E essa menina anda sorrindo pra mim...
Mas a vida não me proporcionou a experiência da maternidade. Não sei como pegar a mão dessa menina e dar a ela a confiança que tanto necessita.
Olho no espelho todas as manhãs e percebo que o meu sorriso andava meio apagado ultimamente.
E a menina sorriu de novo pra mim.
Muitas vezes o silêncio traz respostas surpreendentes.
E quando me vi ontem gargalhando sozinha e ensaiando uma dança tímida, consegui perceber que talvez o processo possa ser o inverso.
A menina viu minha dificuldade e talvez ela esteja me estendendo a mão.
A mulher hoje talvez precise voltar à inocência. Talvez tenha necessitado "crescer" muito rápido. Talvez tenha endurecido um pouco.
Num misto de lágrimas e sorrisos, recebo e aceito esse acolhimento.
E que a partir de hoje a minha menina me leve ao seu mundo que não conheci. E que na minha fértil imaginação eu possa recriar esse tempo e me dar a chance de "brincar de casinha", vestir minhas bonecas e colocá-las pra dormir.
E que hoje eu possa adormecer e assim, quem sabe, despertar a "mãe da menina" que nunca consegui ser.
E assim escrevo mais uma página na minha história.
Acho que a mulher está amadurecendo.
Tomara.
Ninah Jo
Num Lapso
Meu interno, meu inverno.
O silêncio se afoga em minhas geleiras.
Poderia aquecê-las no fogo desse inferno que se instala
Que bálsamo esse que me inebria , quando sutil, provo a doçura da paz?
Encontrá-la ! Como ?
Melhor adormecer ou talvez acordar.
Será que vai doer ?
Posso ouvir o silêncio que se instala.
Sonhos acorrentados choram a falta de prumo.
Minhas velas sem rumo em busca de cais
E eu quase à pique soletro três letras ou quatro
Mato?
Não rima.
Quero-me de volta.
À jato !
Meu interno, meu inverno.
O silêncio se afoga em minhas geleiras.
Poderia aquecê-las no fogo desse inferno que se instala
Que bálsamo esse que me inebria , quando sutil, provo a doçura da paz?
Encontrá-la ! Como ?
Melhor adormecer ou talvez acordar.
Será que vai doer ?
Posso ouvir o silêncio que se instala.
Sonhos acorrentados choram a falta de prumo.
Minhas velas sem rumo em busca de cais
E eu quase à pique soletro três letras ou quatro
Mato?
Não rima.
Quero-me de volta.
À jato !
Ninah Jo
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